domingo, 17 de outubro de 2010

Triste separação


E mesmo que me perguntastes sobre o que eu vivi, estaria tão distante de mim. Diria-lhe que sonhei, não por fantasiar... Mas por tentar representar mesmo que por um instante este meu papel vivo e digno. Cantando! Girando! Sorrindo! E mesmo que em contrapartida me defronte com o momento da partida. Que vem em sua carruagem branca e bordada com seus cavalos alado. Estaria mesmo que neste plano. Cantando! Girando! Sorrindo! E pedindo para que os menininhos te protegessem com suas luzes radiantes. Sei que não me negariam este feito. Pois sabem o quão por ti tenho afeto. E é certo que inda tarde lhe caberia junto a mim. Quando as flores que jazem nos jardins te banhassem nas escuridas sombras. Mesmo que a lua brilhante com sua fronte lhe cobrisse de véu branco e rendado a face. Mesmo que as horas já não te fossem necessárias. Mesmo que a chuva lhe trouxesse cheiro de terra fresca. Mesmo que as rochas lhe fundissem. Mesmo que o riso, a face, o beijo e o cheiro não se fizessem mais presentes. Estaria deste lado a responder-te as mais variáveis indagações. Sobre o que eu vivi, sobre oque sonhei. A sua espera. Cantando! Girando! Sorrindo! Marcelo Alves:17/10/2010

sábado, 2 de outubro de 2010

voz do poeta


-E foi num instante que ele disse, mesmo que em hora de descuido que amar é estar inconsciente, incompreendido da voz que chora que nessa capsula vermelha habitam a fantasia, a dor e o encantamento pesar! mais que pesar! -É viver para um, e o outro para si. e ambos trilharem canteiros distintos. Amar é como... como... Amar! Amar! -Deixar-se da sensatez e lançarem-se as chamas masoquistas que ora queimam, ora excitam. -É doar-se por inteiro a apenas um elo oque se cria, oque se dissimula! -Ele disse: que ser livre é quando se tem o ser amado. mesmo que amarrado aos laços da paixão. -Ele e Ela se dignificam e compõem um acorde sentindo a perfeita sintonia que o calor das almas produz. -A fantasia, o lírio, as flores. O que seriam se não amores! Amores! amores... Coisa incompreensível. Esquecer-se de si para viver a outrem que mesmo em reciprocidade lhe atinge á todo bem. este bem que são sementes mal plantadas, que jazem ensanguentadas, acolhem, abrigam e suscitam a dor de amar alguém... Marcelo Alves 02/10/2010