A Literatura é uma das expressões artísticas mais utilizadas. É através da composição poética,as vezes da prosa, por exemplo, que se confrontam os temores e se revelam os mais profundos sentimentos e desejos da alma. É, também na literatura, que se encontra uma definição estética e ideológica sobre os vários aspectos que compõem a cultura obscura. Mais precisamente, podemos citar o Romantismo como a principal referência da Cultura Obscura. Surgido no século XVIII estendendo-se até o fim do século XIX, como uma reação aos ideais Iluministas, o Romantismo traz como principais características a potencialização das emoções e a aproximação da vida e da obra do autor.
A principal característica do Romantismo em seus três períodos é a supervalorização das emoções pessoais: nesse estilo é o subjetivismo a palavra de ordem. À medida que a busca dos valores pessoais se intensifica (como o culto do individualismo), perde-se a consciência do coletivo social. A excessiva valorização do "eu" gera o egocentrismo: o ego como centro do universo. Evidentemente, surge aí um choque entre a realidade objetiva e o mundo interior do poeta. A derrota inevitável do ego produz um estado de frustração e tédio, que conduz à evasão romântica.
No Ultrarromantismo,seguem-se constantes e múltiplas fugas da realidade: o álcool, o ópio, os prostíbulos, a saudade da infância, as constantes idealizações da sociedade, do amor, da mulher. O romântico foge no tempo e no espaço. No entanto, essas fugas têm ida e volta, exceção feita à maior de todas as fugas românticas: a morte.
A 2ª Geração - conhecida como Mal do século, Byroniana ou fase ultrarromântica. Os escritores desta época retratavam os temas amorosos levados ao extremo e as poesias são marcadas por um profundo pessimismo, valorização da morte, tristeza e uma visão decadente da vida e da sociedade. Muitos escritores deste período morreram ainda jovens. Podemos destacar os seguintes escritores desta fase : Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Junqueira Freire.
deixando bem claro que até mesmo o romantismo Europeu, rompia com as tradições métricas, com as rimas, dando aos seus adeptos total liberdade de produção.Era a época do abandono do normativismo.