sexta-feira, 24 de junho de 2011

NUDEZ

E foram se mostrando aos poucos seus contornos, suas formas.

Revelando na multiplicidade dos sentidos seu prazer mais absoluto.

Carne macia e pura como seda.

E foi se descobrindo!

Se encontrando!

Aspereza nas mãos, leveza nas ações; fantasiava seu prazer.

Ah curvas desenhadas, mania de perfeição.

Eu feito louco vendo de cá seus olhos negros como a escuridão.

Trajes finos! Vestido apenas com o tom claro da pele.

Joelho enrijecido e tornozelos contornados.

Ensaio de excitação!

Arte do ser e do querer bem!

Vamos nos entregar onde não haja ninguém.

E no balé de nossas almas nossos corpos se unirão

Sentindo o prazer absoluto da nudez no coração...


Marcelo Alves, 24/06/2011