terça-feira, 10 de julho de 2012

O Vinho


E foi prostrado a meia luz que experimentou o outro lado
Não tinha forças pra relutar
Sorriu, chorou, sofreu, mas foi maior o desejo que lhe perdeu.
Perdeu os sentidos
Perdeu o tato
Perdeu o mando
Caiu na luxuria, no pecado.
Sentiu-se forte, sobretudo viril.
As carnes todas tremiam
O suor corria seu pescoço em encontro ao chão.
Não, não era ilusão, fascinação.
Era tesão, desdobramento da alma.
Esconderijo de todos os pudores, do libido
Os olhos saltavam em movimentos ritmados
O fôlego lhe saia das ventas e cheiravam sua própria essência
Ébria
Suja
Perversa.
Não soube explicar
Todo o seu corpo era sexo!
Todo seu pensamento era pecado!
E foi Tarde descobrir que toda aquela mudança teria sido fruto do liquido ingerido...
                                                     
                                                                                    Marcelo Alves        14/06/2012