sábado, 20 de setembro de 2014
Ensaio de poema figurativo
Me deram a vida
Ah, não aguentei!
Roubaram tudo que eu tinha,
Cadê o que desejei?
Estava lá na maloca...
Levada que alimentei
Onde está a grande surpresa?
leia a lateral na
v
e
r
t
i
c
a
l
e veja o nome que me batizei.
Marcelo A.
Sobre a Sabedoria
Sábio, sabia ser o sabiá
sabia o sabiá por sábio ser
e foi até o último suspiro!
até o último cortejo
sorriu contente o sabiá
por saber que anos depois todos saberiam
que sábio, só é quem sabe ser!
Marcelo A.
Respostas
E se lhe perguntarem?
não verbalize!
as respostas mais complexas e carregadas de verdades são ditas no silêncio.
E se insistirem?
Mantenha calma!
Muitos ainda não aprenderam que calar às vezes é preciso.
E se retrucarem?
sorria!
Interpretar o não dito é uma arte para poucos...
E se?
...
Marcelo A.
HOMEM SABIDO
Mente lenta
Lentamente
Mente?!
Quem diz que
a mente lenta mente.
mente
Lentamente...
Marcelo A.
E agora, joão?
Onde estão todos?
O caminho é estreito e assustador?
não lhe disseram que teria de percorrê-lo sozinho?
Não lhe disseram que a solidão seria tua intima companheira?
Não seja ingênuo, joão!
Abra teus olhos, joão.
fique calado, joão.
eles estão por toda parte...
Shiu!!!!
ou lhe engolirão.
O caminho é estreito e assustador?
não lhe disseram que teria de percorrê-lo sozinho?
Não lhe disseram que a solidão seria tua intima companheira?
Não seja ingênuo, joão!
Abra teus olhos, joão.
fique calado, joão.
eles estão por toda parte...
Shiu!!!!
ou lhe engolirão.
Marcelo A.
sábado, 26 de julho de 2014
Paradoxo de nós mesmos
No céu, a lua
Na terra, nós
Na noite, a brisa
na cama, suor
Na terra, nós
Na noite, a brisa
na cama, suor
no alto, a luz
na terra, sede
nas estrelas, o azul
nos corpos, desejo
Logo o amanhecer...
No céu, o sol
Na terra, eu só
No dia, a solidão
Na cama, lágrimas
No alto as nuvens
Na terra, choro
No arco-íris a esperança
Em nossos corpos, autodefesa.
Marcelo A.
na terra, sede
nas estrelas, o azul
nos corpos, desejo
Logo o amanhecer...
No céu, o sol
Na terra, eu só
No dia, a solidão
Na cama, lágrimas
No alto as nuvens
Na terra, choro
No arco-íris a esperança
Em nossos corpos, autodefesa.
Marcelo A.
domingo, 29 de junho de 2014
Meus sonhos
Na
noite que sonhei com teus lábios, pude sentir a maciez pura e
infindável do leve toque, eles partiam de minhas extremidades em direção
a nuca! O som, a imagem, o toque! começou por beijar-me vagarosamente a
face em seguida a nuca. Ah! O calor das mãos... como pudera eu esquecer
da noite que nos sentimos,nos amamos,nos fundimos? Não éramos apenas
dois, e sim uma multidão se sonhos,desejos,volúpias,insani dades!
Sentimento mais que conflituoso que me feriu a derme,feriu-me a alma,
feriu-me e se foi... E tão cedo partistes, mesmo antes que nosso amor se
concretizasse! E nestes melancólicos versos confesso: Tudo não passou
de um sonho, o amor era só meu e assim platônico se desfez!
Marcelo Alves
Marcelo Alves
Menino na praça
De longe observava aquele menino sentado no
banco da praça, calado,cabisbaixo,sofrido! Seu olhar estava voltado para
o solo, seu coração certamente fechado e machucado! Fitei-o por alguns
minutos, na expectativa de um gesto , um movimento mínimo que fosse, mas
que pudesse expressar vida! A multidão acelerada corria sem
destino,vítimas do círculo capitalista. Ninguém viu o menino, ninguém
perguntou o que sentia, ou o que fazia ali estático, desamparado, sem família,
sem carinho, sem comida! Todos voltados para os seus próprios passos! A sua
própria vida, a sua própria e mesquinha existência! Pouco distante dali
um cachorro fuçava os restos de lixo, e para sua alegria encontrara um pedaço de
pão, alegria percebida pelo abanar do rabo, o cachorro abocanhou o pão e
correu talvez em busca de um lugar para que pudesse comer em paz,
saciar sua fome.
O anjo canino atravessou a praça também inerte a todos os olhares, seguia seu instinto a fome era tamanha... Até que deparou-se com o menino, largou o pão sobre o chão, e olhou-o com ternura, o desamparado ainda cabisbaixo não percebeu a presença do cão, este debruçou-se sobre as patas e lá ficou diante do menino por longos dois minutos, também a observá-lo, abanou o rabo, latiu, rosnou como se quisesse fazer graça,nada despertava a atenção do garoto. E de repente como se lhe viesse à mente a fome do pequeno rapaz, abocanhou novamente o pão, mas desta vez soltou-lhe sobre o colo... Eu já com lágrimas nos olhos via de longe aquela cena, e foi como se nada mais existisse, como se nada mais tivesse importância... Com o gesto, aquele que antes estava mudo para vida, deixou rolar uma lágrima que foi de encontro ao pão! O menino sorriu,acariciou o cão e partiu ao meio o pão duro! Comia como se fosse um banquete, deliciavam-se o menino e o cão! E no alto vi as nuvens chorarem de emoção, certas de que ali nascera uma grande amizade, os companheiros tornariam-se os melhores amigos! Profundamente comovido e fragilizado senti a presença de Deus. Tudo aconteceu bem diante de todos, mas estavam ocupados demais pra parar, ocupados demais para olhar o próximo...
O anjo canino atravessou a praça também inerte a todos os olhares, seguia seu instinto a fome era tamanha... Até que deparou-se com o menino, largou o pão sobre o chão, e olhou-o com ternura, o desamparado ainda cabisbaixo não percebeu a presença do cão, este debruçou-se sobre as patas e lá ficou diante do menino por longos dois minutos, também a observá-lo, abanou o rabo, latiu, rosnou como se quisesse fazer graça,nada despertava a atenção do garoto. E de repente como se lhe viesse à mente a fome do pequeno rapaz, abocanhou novamente o pão, mas desta vez soltou-lhe sobre o colo... Eu já com lágrimas nos olhos via de longe aquela cena, e foi como se nada mais existisse, como se nada mais tivesse importância... Com o gesto, aquele que antes estava mudo para vida, deixou rolar uma lágrima que foi de encontro ao pão! O menino sorriu,acariciou o cão e partiu ao meio o pão duro! Comia como se fosse um banquete, deliciavam-se o menino e o cão! E no alto vi as nuvens chorarem de emoção, certas de que ali nascera uma grande amizade, os companheiros tornariam-se os melhores amigos! Profundamente comovido e fragilizado senti a presença de Deus. Tudo aconteceu bem diante de todos, mas estavam ocupados demais pra parar, ocupados demais para olhar o próximo...
Marcelo Alves (29/06/2014)
quarta-feira, 26 de março de 2014
Coxas
Gosto de coxas
As coxas para mim devem ser bem torneadas, volumosas, firmes ao toque.
Coxas brancas, negras, morenas, bronzeadas...
Que me perdoem os desprovidos deste regalo que é ter coxas grossas, mas
coxas devem ser assim, contrário fosse como poderia apalpá-las, encher
minhas mãos de voluptuosidades, subindo e descendo e sentindo aquele
sabor que só quem apalpou coxas assim sabe explicar.
Qualquer outra parte do corpo é dispensável, o conteúdo intelectual sem dúvidas conta muito, aliás é essencial, entretanto mais uma vez peço perdão aos coxos... Sem coxas não dá!
Gosto do enroscar das pernas...
De vê-las comprimindo-se uma na outra, deixando fechado qualquer espaço entre elas!
Não sei exatamente quando começou essa minha obsessão, talvez tenha sido no momento que vim ao mundo, pois se bem me recordo a primeira coisa que vi foram coxas!
Depois me botavam para dormir, sim! nas coxas.
As coxas sempre me acompanharam, e que me deem licença meus leitores, mas só em redigir esse texto fiquei pensando nas coxas de todos vocês que aqui leem meus versos.
E como diria nosso majestoso Drummond,Mas essa lua mas esse conhaque deixa a gente comovido como o diabo!
Gosto do enroscar das pernas...
De vê-las comprimindo-se uma na outra, deixando fechado qualquer espaço entre elas!
Não sei exatamente quando começou essa minha obsessão, talvez tenha sido no momento que vim ao mundo, pois se bem me recordo a primeira coisa que vi foram coxas!
Depois me botavam para dormir, sim! nas coxas.
As coxas sempre me acompanharam, e que me deem licença meus leitores, mas só em redigir esse texto fiquei pensando nas coxas de todos vocês que aqui leem meus versos.
E como diria nosso majestoso Drummond,Mas essa lua mas esse conhaque deixa a gente comovido como o diabo!
Marcelo Alves
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Desencontro
Flores murcham;
Beleza se esvai
Ideias mudam;
a cabeça cai!
Amor no começo
ódio no fim...
como tudo bocejo;
amargura sem fim
Dias, meses , anos e o que foi que eu perdi?
decepção, desafeto, antes de partir;
Só não julgue o desavisado
que na vida só perde quem não tem pra onde fugir.
22/01/2014
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