Já passavas
das 03h00min horas da manhã, voltava de uma pequena recepção que uma amiga
havia oferecido em sua casa, na ausência de seus pais.
Estava sentado
em um ponto de ônibus em frente a um cemitério; a neblina atrapalhava a visão
mais perfeita e bela do infinito. Tinha em mim pensamentos frios e sujos
passando por minha mente, rodeados de revoltas, solidão e medo.
Foi quando
ouvi magistralmente o sussurrar de uma doce voz aos meus ombros
Então me virei,
e para meu espanto!Uma linda mulher, camuflada com a mais exuberante beleza que
há entre os mortais.
Ela sorriu
dizendo:
–”Sou uma
guardiã: A dama de branco, sua protetora”.
Por alguns
segundos me senti um mais perfeito idiota.
Não conseguia
acreditar que aquilo era real, abria e fechava os olhos continuamente na
tentativa de despertar de um possível sonho. Tentativa inválida!Pois era real, foi
então quando me disse:
–venha! Entre
não tenha medo!
Ela me chamava
insistentemente, e foi com um súbito impulso que entrei no cemitério.
Quando entrei
ao pisar naquele chão repleto de lágrimas, dores e sofrimentos. Senti uma leve
tontura, minha mente parecia estar viajando por entre mil dimensões.
Nesse momento
de êxtase, pude notar um barulho assustador que vinha dos confins da terra, soava
como gritos de almas condenadas, que clamavam por misericórdia, em seguida
passei a ver imagens da minha vida, indo e voltando, em uma frequência
inacreditável.
Era demais
para minha cabeça, a turbulência das informações fizeram com que eu adormecesse.
E ao adormecer me vi caindo em um buraco negro, sujo e fétido. Podia ver uma
pequena fresta de luz no topo deste casebre. Este casebre caros amigos, era o
caminho da minha vida, tudo que eu fizera até o momento, estavam registrados
lá. De repente parei no ar flutuando na mais bela sintonia entre minha alma e
meu ser. Foi neste instante que passei a ter revelações sobre minha vida
A dama de
branco queria me fazer enxergar o amargo fim que teria se não mudasse minha
postura e meus hábitos. Ela me pressionava a questionar minha própria
existência. E por várias vezes repetiu essa interrogativa!
– Quem é você?
O que você representa? Aonde quer chegar assim?
e rapidamente,
antes que eu tivesse qualquer esforço para me manifestar ela exclamou.
–mais um jovem
frustrado com as desilusões da vida! Dos amores! Da sociedade!
–Um covarde se
camuflando por trás de máscaras!
Foi quando
ganhei forças retiradas de meu subconsciente para respondê-la.
– vivo assim,
pois desacreditei da vida, do amor, das pessoas; não posso ser condenado por
isso. Vivo num constante luto pela humanidade!A mesma que se esqueceu dos verdadeiros
valores humanos e sociais. Uma geração demasiada e capitalista.
Quando
pronunciei a última palavra ela tocou em minha testa e a beijou. Com este
gesto, me senti confuso imune e indefeso... E novas perspectivas começaram a
surgir em mim.
A dama de
branco estava certa! Vivia em um constante luto.
Sim luto, pois
nunca tive meu espaço na terra entre as pessoas.
Cresci com a
amargura dentro de mim, por sofrer tantos julgamentos premeditados.
Por um
interrupto da dama de branco, voltei a mim.
E acreditem
estava eu novamente sentado no ponto de ônibus, sem entender absolutamente
nada. Pensei ter cochilado e pegado no sono. Meu ônibus logo em seguida chegou;
fui para casa com todas aquelas lembranças guardadas vagamente em minha
memória.
No dia seguinte
as mesmas lembranças me fizeram reavaliar certos pontos em minha vida.
E hoje sou uma
nova pessoa!
Tudo! Tudo
pela DAMA DE BRANCO.
Marvyn
É realmente você tem talento Marcelo, embora seja um pouco fora da realidade tem tudo para dar certo em futuro de um grande Livro, que Deus continue em sua vida e com essas expirações..!
ResponderExcluirAss: Kelly F.T