Foi nos tempo de verão que a luz do sór abriantava os matagar,
Tinha fro, animar e gente, num amuntuado delinqüente.
Era povo do norte, do sur, do nordeste e até dos cantim do agreste.
Era tempo de muita festa, os animar brenhava os mato, as fro se abria e o dia era prerfeito.
Na casa o café ficava pronto, tinha bolo de mio, tinha leite de vaca e tinha até biscoito.
Era tempo de aligria moço, nóis era simples, nóis era humirde, nóis acordava bem de cedo ia logo busca lata d´agua na cabeça com rudia.
Esse tempo é quera bom, nem préidio, nem lagedo, nem asfaro no chão.
Mais nóis nunca precisemo esmolar por caso de pão.
Morava mamãe, papai e mariazinha, era quarto de um só. Mais nóis deitava amuntuado
E nus cruzava feito nór.
Hoje o espaço é grande, moramos em uma ótima localização no estado de São Paulo, não temos mais flores se abrindo, nem animais, nem pessoas amontoadas como nó.
Eu virei doutor, mariazinha professora, mamãe e papai se foram e com eles a saudade dos verdes campos. Livres de qualquer conceito e preconceito.
Marcelo Alves 19/02/2011
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