È realmente amando que podemos nos sentir capazes de cometer as maiores loucuras,
loucuras para os normais, não para nós que amamos com a infinita chama da paixão,
com o infinito desejo de se fundir ao outro, na tentativa de se transformar em
único.
É somente amando assim que sinto meus órgãos vivos e em movimento. Movimento os
quais fazem com que minha alma se descole dos meus restos mortais e fuja para as
torres de marfim, para os castelos dos desejos mais intensos.
O amor me faz sentir ao tato leve o menor grão de areia perdido em meio ao oceano
me faz delirar, perder o chão e os sentidos, me sentir criança, me sentir menino.
Amar é doar mais que sentimentos e prazeres, é fazer a alma transcender e ascender
em busca do ilusório, do concreto ; numa dualidade mais que perfeita.
A perfeição está nos olhos de quem a vê.
É assim amar a carne do homem, os teus pecados, os teus pensamentos e desejos mais
sujos saltando aos órgãos e em seguida a derme.
Definitivamente sou eu, errado, amante dos sonhos, dos desejos, do amor.
Este meu único mal que tanto me faz chorar...
Marcelo A, 04/07/11
Gostei muito do seu texto. Nele o amor é tomado como uma troca de favores. E no fundo é mesmo. Uma vez que trocamos a companhia ou o prazer do sexo. Parabéns pelo texto.
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